Força de trabalho ágil em engenharia: por que isso importa para empresas da América Latina
4 min | José Mario Neto & Ismael Alcalde | Artigo | Gestão da força de trabalho Mudança e Transformação dos negócios
A América Latina vive um momento de reinvenção. Novos investimentos em energia limpa, infraestrutura inteligente e transformação digital estão redesenhando o mapa econômico da região. Para as empresas de engenharia, esse cenário representa tanto uma oportunidade histórica quanto um desafio urgente: desenvolver uma força de trabalho ágil capaz de se mover com inovação e propósito.
Segundo nosso estudo mais recentes, mais de 58% das empresas latino-americanas relatam escassez significativa de habilidades e dificuldade crescente em preencher vagas abertas.
Essa lacuna de talentos torna evidente que a competitividade não depende apenas de contratar mais profissionais, mas de desenvolver equipes capazes de aprender rapidamente, colaborar entre disciplinas e gerar valor em ambientes em constante mudança. É justamente essa capacidade que diferencia organizações preparadas para o futuro daquelas que ainda operam com modelos de talento do passado.
Apesar dos desafios da região, a América Latina conta com um enorme potencial de reinvenção, um pool de inovação vibrante e talentos versáteis, muitas vezes organizados em hubs colaborativos multidisciplinares que impulsionam soluções criativas e eficientes em engenharia.
Projetos modernos não seguem trajetórias lineares. Eles exigem colaboração entre engenheiros, especialistas em dados, profissionais de sustentabilidade e líderes de projetos. Uma força de trabalho ágil permite que equipes de engenharia se adaptem rapidamente a mudanças tecnológicas e demandas do mercado, transformando desafios em oportunidades concretas.
Na prática, empresas que investem em agilidade percebem ganhos significativos: redução de retrabalho, maior inovação, prazos mais curtos e equipes mais motivadas. Segundo nosso estudo global, mais de 60% da força de trabalho global precisará de requalificação nos próximos anos para acompanhar a transformação tecnológica.
José Neto, Gerente de Engenharia da Hays Brasil, acrescenta: "Já está mais do que claro e evidente que a tecnologia e as ferramentas de inteligência artificial permearão todos os setores da economia assim como todos os departamentos de uma organização. Empresas que compreenderem esse caminho sem volta e abraçarem os medos da mudança liderarão seus respectivos segmentos. Para a Engenharia não é diferente e essa mudança exige abertura e comprometimento. Abertura por parte do time de engenheiros em aceitar que a dinâmica de trabalho mudou. Ter a tecnologia de ponta não basta mais, é preciso lapidar nossas habilidades e competências, constantemente, para estarmos aptos a lidar com o que há de mais novo e revolucionário no mercado. Por outro lado, é necessário comprometimento das organizações em fornecer e acompanhar os engenheiros nessa jornada do conhecimento intervindo sempre que necessário para fortalecer e otimizar esse processo."
Uma força de trabalho ágil não surge por acaso. É o resultado de estratégias deliberadas de gestão de pessoas, cultura e liderança. Três elementos são fundamentais:
Transformar a força de trabalho em um ativo ágil exige ações práticas e mensuráveis:
1. Mapeamento de habilidades críticas
2. Programas de rotatividade interna (job rotation)
3. Microlearning e treinamentos hands-on
4. Feedback contínuo e acompanhamento de desempenho
5. Parcerias estratégicas de recrutamento e desenvolvimento
6. Cultura de experimentação e pequenas vitórias
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José Mario Neto Gerente de Engenharia da Hays Brasil
Carioca, formado pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, José atua há mais de uma década no segmento de recrutamento e seleção atuando, majoritariamente, em consultorias multinacionais de grande porte. Atualmente, lidera o time de Engenharia da Hays Brasil com foco nos setores de Óleo e Gás, Energia e Recursos Naturais.
Ismael Alcalde Diretor de STEM da Hays México
Ismael tem mais de 11 anos de experiência em recrutamento especializado a nível global. Atualmente, lidera todas as divisões de especialização da Hays. Iniciou a sua carreira na Michael Page México, onde dirigiu uma equipa focada na indústria e engenharia. Posteriormente, fez parte da equipe que abriu o escritório na Tailândia, liderando 30 pessoas durante cinco anos. Mais tarde, ingressou na Hays na Europa, abrindo o escritório em Brno, na República Tcheca, e fazendo parte do conselho da Europa Oriental. Sua experiência abrange recrutamento permanente, executivo, contratação, MSP/RPO e colaboração com clientes em três continentes.