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Regulação em Ciências da Vida: Como desenvolver talentos preparados para o futuro
3 min | Ricardo Ribas | Artigo | Gestão da força de trabalho Gerenciamento de talentos
A regulação em Ciências da Vida na América Latina evolui rapidamente. A aceleração de terapias avançadas (ATMPs), bioprodutos complexos, dispositivos médicos conectados e soluções digitais de saúde exige profissionais capazes de interpretar mudanças normativas e atuar estrategicamente junto às autoridades sanitárias.
Segundo estudo publicado pela OPAS, 65% das autoridades regulatórias da região já adotam mecanismos formais de reliance, permitindo acelerar autorizações com base em avaliações de agências internacionais. Esse cenário torna o sistema regulatório mais interconectado e pressiona organizações a desenvolver talento regulatório interno.
Essa interdependência entre regulação, desenvolvimento clínico e estratégia de mercado torna a continuidade do conhecimento crítico um ativo estratégico.
Considere um caso comum no setor. Uma biofarmacêutica avançava com a submissão CTD (Common Technical Document) de um biossimilar. O processo dependia de um especialista com histórico de interação regulatória e domínio de plataformas eletrônicas como o eCTD. A saída desse profissional ocorreu antes da conclusão do dossiê. Sem sucessão planejada e sem trilha de capacitação interna, o processo parou.
O atraso comprometeu o plano de acesso ao mercado, afetando previsão de receita e a competitividade frente a concorrentes em fase final de submissão.
O impacto financeiro foi significativo. O impacto estratégico foi maior. Dependência técnica concentrada é risco de negócio.
A demanda global por profissionais de Ciências da Vida supera a oferta. Segundo nostro Relatório de Talentos Globais em Farmacêutica e Ciências de Vida, 63% das empresas veem a lacuna de competências como barreira à transformação. A digitalização da regulação exige interpretar evidências clínicas, dominar plataformas eletrônicas (eCTD), integrar áreas internas e gerenciar impacto regulatório ao longo do ciclo de vida do produto.
Conhecer normas não é suficiente. É conectá-las ao negócio.
Desenvolver talentos internos promove continuidade do conhecimento crítico, reduz riscos de retrabalho e acelera a resposta a mudanças regulatórias, fortalecendo autonomia estratégica.
Como reforça Raphaella Teixeira, Associada Sênior, Recrutamento Farmacêutico, Hays Brasil: “Falando especificamente sobre Farma, alguns dos desafios que vejo impactam esse segmento tanto quanto os outros, incluindo burocracia regulatória, complexidades de precificação e disparidades regionais no acesso a medicamentos. Embora o setor esteja evoluindo rapidamente com avanços em P&D e inovação digital, essas questões persistentes ainda exigem estratégias de talentos direcionadas.”
Essas práticas reduzem dependência individual e criam resiliência regulatória:
Investir em Assuntos Regulatórios não é apenas fortalecer uma área técnica. É proteger time-to-market, ampliar acesso a pacientes e sustentar vantagem competitiva.
A Hays atua nesse setor e apoia empresas que precisam:
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Ricardo Ribas Diretor Geral da Hays no Brasil
Ricardo Ribas é Diretor Geral da Hays no Brasil, membro do Conselho Diretor Regional da Hays e integra os conselhos consultivos de organizações como Save the Children, Woman IT e GGR. Como líder destacado no grupo We Lead da Hays, está profundamente comprometido com o empoderamento feminino e a promoção da igualdade de gênero em cargos de liderança. Sua dedicação à evolução das empresas no âmbito do capital humano o levou a ser convidado como professor no CESA e em outras universidades. Com mais de 20 anos de experiência em aquisição de talentos e gestão de capital humano na América do Norte, África, América Central e América do Sul, já apoiou mais de 5.000 empresas e contratou mais de 20.000 profissionais. Ricardo é graduado em Relações Internacionais pela FAAP e possui mestrado em Desenvolvimento de Liderança pela Universidade de Harvard.